O Presidente da República assegurou, esta terça-feira em Maputo, que a democracia está consolidada em Moçambique e destacou o esforço de reconciliação nacional realizado após 16 anos de guerra civil no país.
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O Presidente da República assegurou, esta terça-feira, no Parlamento em Maputo que a democracia está consolidada em Moçambique, sendo aplaudido até pelos 90 deputados da RENAMO, o partido da oposição que mais contesta este ponto de vista.
«Podemos dizer, com segurança, que a democracia é hoje um valor enraizado na sociedade moçambicana e um activo colocado ao serviço do desenvolvimento e do progresso do país», afirmou, no segundo dia da visita oficial à antiga colónia portuguesa.
Cavaco Silva destacou o esforço de reconciliação nacional realizado em Moçambique, após 16 anos de guerra civil entre os então movimento rebelde da RENAMO e o governo marxista-leninista da FRELIMO.
No entanto, o chefe de Estado português alertou que «os sucessos alcançados não devem «fazer prever de vista que a construção da democracia» é um «desafio permanente», frisando que «todos os actores e organismos do Estado têm um papel a desempenhar na qualidade democrática».
O partido de Afonso Dhlakama, que durante a tarde desta terça-feira será recebido pelo chefe de Estado português, tem colocado em causa a validade democrática de todas as eleições realizadas desde 1994.
Na visita oficial a Moçambique, Cavaco tem passado a mensagem de que o país resolveu com êxito o processo de paz e da consolidação da democracia, nos quais Dhlakama teve um papel preponderante, ao assinar, em 1992, o fim da guerra civil com a FRELIMO.
No próximo ano, realizam-se eleições presidenciais e legislativas em Moçambique e também, pela primeira vez, eleições para as assembleias provinciais.