O Presidente da República mostrou-se satisfeito com a redução em um terço da área ardida em 2006 relativamente a 2005. Segundo o Governo, em 2005 ardeu uma área de 70 mil hectares, um número bem inferior ao registado nos últimos cinco anos.
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O Presidente da República congratulou-se, este sábado, com a diminuição da área ardida e dos fogos florestais registados em 2006, tendo, no entanto, exortado todos a «continuar a trabalhar».
«Quero querer que os incêndios não são uma fatalidade nacional e que no futuro os incêndios vão perder a dignidade de terem a sua própria época. Acredito que através de um trabalho continuado de todos, possamos relegar um pouco para o esquecimento a chamada época dos incêndios», disse Cavaco Silva.
No Parque Nacional Peneda-Gerês, Cavaco elogiou os novos métodos de prevenção e combate a incêndios, quer no que toca à cooperação entre os vários organismos quer no tocante à prioridade ao ataque inicial dos fogos.
«Este é um problema nacional que exige uma responsabilidade colectiva», afirmou o chefe de Estado, que entende que «cabe ao Presidente da República com que haja um 'toca a reunir'» nesta questão.
Cavaco Silva explicou ainda que se deslocou ao único parque nacional português para «sublinhar» a sua «vitalidade, interesse ecológico e económico» e incentivou os portugueses a conhecerem a biodiversidade deste local.
O chefe de Estado adiantou que o Plano Nacional de Defesa da Floresta prevê uma diminuição de 100 mil hectares de área ardida face à média dos últimos anos.
Para Cavaco, é mesmo possível que em 2018 Portugal registará apenas 25 mil hectares anuais queimados contra os 70 mil de 2006, um número bem inferior aos últimos cinco anos.
Estas declarações de Cavaco Silva surgiram durante a apresentação pelo Governo do balanço provisório da época de fogos florestais que aponta para uma diminuição de um terço da área ardida em relação a 2005.
A área ardida em 2006 é o equivalente a metade da área metropolitana do Porto ou à totalidade do Parque Nacional da Peneda-Gerês, visitado este sábado por Cavaco Silva.