Paulo Portas criticou, este sábado, o facto de alguns inspectores da ASAE terem de cumprir determinados objectivos anuais, como «duas detenções» e «oito processos-crime». O líder do CDS-PP adiantou que vai pedir explicações ao Ministério da Economia.
Corpo do artigo
O líder do CDS-PP voltou, este sábado, a criticar a forma de actuação da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), dando o exemplo da Direcção Regional da Norte, onde diz existir um sistema de objectivos.
«Cada inspector tem de detectar 124 infracções, levantar 61 processos de contra-ordenação», abrir «oito processos-crime, fechar ou suspender o funcionamento de pelo menos seis estabelecimentos» e ainda «fazer duas detenções», afirmou, citando um documento ao qual disse ter acesso.
Paulo Portas acrescentou que a ASAE «deve procurar na realidade aquilo que deve ser corrigido, em vez de dar objectivos aos seus agentes para andarem a caçar multas e a fechar estabelecimentos», tendo ainda «o despudor de quantificar esses objectivos».
O líder do CDS-PP considerou ainda este exemplo uma perversão total do papel da ASAE e adiantou que vai exigir explicações sobre a actuação da entidade fiscalizadora ao Ministério da Economia.