O CDS-PP vai questionar o ministro do Trabalho sobre o Rendimento Social de Inserção que estará, na opinião de Pedro Mota Soares, a ser atribuído a pessoas que poderiam estar a trabalhar. Os centristas dizem que este rendimento deve ser aplicado com «conta, peso e medida».
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O CDS-PP vai questionar, esta quinta-feira, o ministro do Trabalho sobre a temática do Rendimento Social de Inserção, que, na opinião dos centristas, está a ser atribuído a pessoas com capacidade para estarem no mercado de trabalho.
«Quantas pessoas entre os 18 e os 30 anos que não são mães solteiras, que não têm deficiências profundas que as impossibilitem de trabalhar estão neste momento a receber Rendimento Social de Inserção?», questionou-se Pedro Mota Soares.
Em declarações à TSF, o deputado perguntou ainda qual é a verba que estas pessoas estão, em média, a receber do Estado e quantas ofertas de trabalho tiveram ao longo dos últimos seis e 12 meses e quantas é que recusaram.
«São perguntas muito concretas e muito simples de quem apoia as prestações sociais, mas acha que no caso do rendimento mínimo deve ser empregue com conta, peso e medida», concluiu Pedro Mota Soares.
Ouvido pela Lusa, este parlamentar recordou que esta situação se passa ao mesmo tempo que «os reformados com a pensão mínima tiveram o seu menor aumento em 33 anos de democracia».
No seu requerimento, Pedro Mota Soares e a deputada Teresa Caeiro basearam estas suas perguntas nas conclusões apresentadas pelo Relatório Anual da Comissão nacional do Rendimento Social de Inserção.
Os dois parlamentares lembram que neste documento é referido que, em cerca de um ano, existiu um aumento de 29 mil beneficiários daquela prestação, muitos dos quais com outras fontes de rendimento.
O CDS-PP aproveita a presença do ministro do Trabalho que vai responder a uma interpelação do Bloco de Esquerda sobre precariedade no emprego para questionar Vieira da Silva sobre o Rendimento Social de Inserção.