Nas reacções dos partidos com assento parlamentar ao aumento de 4,4 por cento do salário mínimo nacional, ficando nos 403 euros, o CDS-PP mostrou-se satisfeito com o acordo alcançado. O PCP e o Bloco de Esquerda consideram o aumento positivo mas insuficiente. O PSD ainda não se pronunciou.
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O Partido Comunista, pela voz do deputado Francisco Lopes, considera que os aumentos são positivos mas insuficientes. «Nós consideramos que para 2007 é insuficiente mas há aqui um grande crescimento do salário mínimo em relação a uma proposta que [o Governo considerava] lunática», salientou.
«Nós achamos que [o que fez o Governo alterar a sua posição] foi a força da luta dos trabalhadores», acrescentou Francisco Lopes.
Da parte do CDS/PP, Diogo Feyo considera que haver acordo entre Governo e parceiros já é positivo mas salienta que agora é necessário criar também melhores condições para as empresas: «Conta desde logo o facto de ter havido um acordo entre os parceiros sociais e o Governo».
«Recordo que estamos num ciclo económico diferente do de anos anteriores e que esta medida está relacionada com a necessidade de flexibilizar o mercado e criar melhores condições para a criação de riqueza das empresas e daqueles que trabalham», defende Diogo Feyo.
Quanto ao Bloco de Esquerda, Mariana Aiveca considera que a proposta vai de encontro ás expectativas do Bloco mas considera que ainda é pouco.
«O Governo não fez mais do que a sua obrigação em relação ao Salário Mínimo Nacional. A proposta vai de encontro às nossas expectativas mas estamos a falar de 80 contos, é muito pouco para as pessoas viverem com alguma dignidade», salientou a deputada.
A TSF tentou também obter um comentário por parte do PSD ao aumento de 4,4 por cento do salário mínimo para o próximo ano mas não foi possível.