Esta quinta-feira à tarde, nas ruas de Lisboa, pelas contas tanto da polícia como da CGTP, mais de 70 mil manifestantes caminharam em protesto desde o Rossio até São Bento. Apesar do protesto, José Sócrates disse hoje que o Governo tem a «coragem necessária» para avançar com as reformas.
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Milhares de trabalhadores afectos à CGTP estão a desfilar em direcção à Assembleia da República, para exigir ao Governo novas políticas económicas e sociais.
O trânsito está cortado entre o Rossio e a Assembleia da República, via Avenida da Liberdade, por onde estão a desfilar trabalhadores vindos de todo o país e de todos os sectores de actividade.
«O custo de vida aumenta e o povo não aguenta» e «é preciso e é urgente uma política diferente» são algumas das palavras de ordem que os manifestantes gritam, enquanto desfilam ordeiramente, mas com muito barulho, até São Bento.
Está previsto que o secretário-geral da CGTP faça uma intervenção junto à Assembleia da República.
O "protesto geral" da CGTP tem como objectivo combater as propostas do governo para a Segurança Social e para a administração pública.
Ao mesmo tempo, a Intersindical pretende exigir o crescimento real dos salários, a criação de emprego com direitos e a contratação colectiva.
Para o secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, o grande objectivo da jornada de luta nacional é obrigar o governo a fazer mudanças estruturais na sociedade portuguesa.