O presidente da Venezuela, Hugo Chavez vai estar esta terça-feira em Lisboa, depois de breves passagens por Teerão e Paris. Durante a curta visita, Chavez vai ser recebido pelo primeiro-ministro português. O encontro com Sócrates já está a ser preparado há um ano e deverá centrar-se nas preocupações da comunidade portuguesa residente na Venezuela como a segurança, educação e pagamento de pensões.
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O encontro desta terça-feira entre José Sócrates e Hugo Chavez começou a ser preparado há cerca de um ano e os acertos finais foram feitos ainda antes do incidente entre o presidente da Venezuela e o Rei espanhol Juan Carlos.
O primeiro-ministro português tem frisado que Portugal respeita os Chefes de Estado dos países amigos e «respeita-os sempre que são eleitos em eleições livres e justas» e hoje recebe Chavez sem a mínima intenção ou preocupação de melindrar Madrid.
Por seu turno, Hugo Chavez nunca escondeu a simpatia que nutre pelo primeiro-ministro português, bem representada numa cimeira ibero-americana onde tratou, durante largos minutos, de elogiar a capacidade politica de José Sócrates.
E porque Portugal tem uma larga comunidade na Venezuela, o encontro em São Bento vai centra-se nas preocupações da comunidade portuguesa residente naquele país com a segurança, educação e pagamento de pensões.
Chávez será recebido em São Bento antes do jantar. No encontro com o presidente venezuelano, o primeiro-ministro português estará acompanhado pelos secretários de Estado do Comércio e Serviços, Fernando Serrasqueiro, e das Comunidades Portuguesas, António Braga.
No caso da segurança social, Lisboa pretende resolver o problema dos emigrantes que entretanto regressaram a Portugal mas que se deparam com «dificuldades burocráticas diversas» para receberem as suas pensões, depois de terem descontado ao longo de décadas para o Estado Venezuelano.
Sobre a importância das questões comerciais relacionadas com a comunidade portuguesa na Venezuela - outro tema forte das conversações entre Chávez e Sócrates - fonte diplomática referiu à agência Lusa que este país acolhe actualmente cerca de meio milhão de emigrantes e de luso-descendentes.