A China parou, esta segunda-feira, durante três minutos, dando assim início a três dias de luto pelas vítimas do sismo que atingiu o sudoeste do país. Segundo os números mais recentes, o tremor de terra fez mais de 71 mil mortos.
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A China parou, esta segunda-feira, durante três minutos e as sirenes soaram à hora exacta em que se deu o sismo que sacudiu o sudoeste do país a 12 de Maio, provocando milhares de mortos, desaparecidos e soterrados.
Os três minutos de silêncio em homenagem às vítimas, que começaram às 14:28 (07:28 em Lisboa), deram início a três dias de luto nacional, período durante o qual estará interrompida a estafeta da tocha olímpica.
Ao nascer do sol, como é tradição, a bandeira vermelha com as cinco estrelas amarelas foi içada por soldados na Praça Tiananmen, diante do mausoléu de Mão Tsé-tung, e logo baixada até meia-haste.
A bandeira a meia-haste foi também colocada na fachada dos edifícios públicos, incluindo nas regiões autónomas especiais de Hong Kong e Macau, bem como em todas as embaixadas e consulados chineses no estrangeiro.
Durante estes três dias, todas as actividades culturais e de entretenimento foram suspensas, sendo que a comunicação social também decidiu participar neste luto, com as primeiras páginas de jornais a preto e branco e a televisão de Pequim a alterar programação para transmitir apenas noticias relacionadas com o sismo.
De acordo com a agência de notícias Nova China, a tragédia gerou uma onda de solidariedade sem precedentes, com milhares de pessoas a oferecem-se como voluntárias para ajudar, doar dinheiro e bens de auxílio.
Segundo os últimos números oficiais, o sismo, de magnitude 7,8 da escala aberta de Richter, fez mais de 71 mil mortos, desaparecidos e soterrados sob escombros.
Para alguns analistas, este tremor de terra poderá prejudicar o crescimento da economia chinesa em 0,2 por cento ou, no pior dos cenários, em sete décimas.
Outros especialistas defendem que este impacto negativo será de curta duração uma vez que, depois do pior sismo em 30 anos, será necessário dar início aos trabalhos de reconstrução, ou seja, realizar novos investimentos.
Entretanto, mais de 200 socorristas ficaram soterrados, na província de Sichuan, na sequência de um desabamento de terra, segundo a Nova China.