O risco de a Terra ser pulverizada por um asteróide é real, sendo necessário construir um sistema de segurança inexistente actualmente, afirmaram hoje peritos britânicos durante a apresentação de um relatório oficial, em Londres.
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«Ainda durante este mês três meteoritos de grandes dimensões vão passar relativamente perto da Terra", afirmou Harry Atkinson, antigo presidente da Agência Espacial Europeia (ESA) e responsável do grupo de cientistas que apresentou hoje o documento.
O relatório precisa que um meteorito de 100 metros de diâmetro choca com a Terra, em média, a cada 10.000 anos, com a força de uma bomba nuclear de 100 megatoneladas.
Contudo, os meteoritos mais mortíferos, com cerca de um quilómetro de diâmetro, chocam com a Terra apenas a cada 100.000 anos.
«O risco tem de ser reduzido ao máximo, na medida do possível», disse David Williams, outro dos especialistas e antigo presidente da Sociedade Real de Astronomia.
O grupo, constituído em Janeiro por indicação do secretário de Estado britânico para a Ciência, Lord Sainsbury, propõe a construção no hemisfério Sul de um telescópio de 3 metros especializado na procura e identificação de objectos próximos da Terra (Near Earth Objects).
Lord Sainsbury afirmou hoje que o governo vai dar, durante os próximos dois meses, uma resposta às propostas do grupo de investigadores, cujo terceiro membro é o antigo embaixador britânico junto das Nações Unidas, Crispin Tickell.