A Oposição considera que o chumbo do Eurostat à proposta do Governo em ceder temporiamente a exploração de imóveis do Estado a privados, para combater o défice, é um «vexame» para o Executivo.
Corpo do artigo
Para os partidos da Oposição, que já tinham condenado a anterior operação de venda de imóveis, obrigando depois o Governo a optar pela cedência temporária de direito de exploração, o chumbo do Eurostat é uma vergonha para o Governo.
Pelo PS, José Sócrates diz que é tempo do Governo «assumir o descalabro das contas públicas e dizer a verdade aos portugueses», criticando o Executivo pelo facto de, nos últimos três anos, ter pedido sacrifícios aos portugueses a troco de nada.
Agostinho Silva, do PCP, lembra que o Governo foi surdo aos alertas feitos pelo partido e agora sujeita-se ao vexame do chumbo de Bruxelas.
Perante a situação, aquele responsável defende a revisão do Pacto de Estabilidade, o qual classifica de «espartilho» das contas públicas.
O Bloco de Esquerda também defende a revisão do Pacto de Estabilidade. Francisco Louça afirma que não é boa política «maquilhar» as finanças públicas.
«Fingir que se resolveu problemas varrendo para debaixo da mesa as dificuldades, não é boa política, diz Louça, defendendo que se deve dizer ao país que existem dificuldades, que há problemas prioritários e que é por esse caminho que as políticas orçamentais devem seguir.