A linha férrea entre Contumil e Leixões, no Porto, foi hoje interrompida devido a uma derrocada provocada pelo mau tempo. Ainda no Porto e na Maia, a chuva intensa que caiu durante a noite, provocou inundações por todo o concelho.
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Uma derrocada interrompeu hoje, pelas 6:00, a linha férrea entre Contumil e Leixões, no Porto, disse à Agência Lusa fonte da REFER.
O talude junto à linha férrea, encharcado pela chuva intensa dos últimos dias, desmoronou-se, e a linha ficou interrompida com terra e pedregulhos, referiu.
No entanto, este facto não impediu até agora a circulação de qualquer composição porque na linha afectada, que liga Contumil ao porto de Leixões, circulam apenas comboios de mercadorias, não havendo qualquer serviço ao domingo.
A fonte da REFER referiu que o primeiro comboio a circular naquela linha está previsto para segunda-feira de manhã. Contudo, «os trabalhos de remoção da terra e pedregulhos estão a decorrer e a linha estará desimpedida a tempo da primeira circulação de segunda-feira poder efectuar-se à hora prevista», disse a mesma fonte.
A acumulação de água esteve também na origem da derrocada de um muro no Bairro S. João de Deus, no Porto, que arrastou um anexo ilegal com um galinheiro que lhe estava adjunto. Os Sapadores Bombeiros do Porto foram chamados ao local, tendo escorado o que resta do muro, de forma a impedir que ocorra novo desmoronamento.
Pequena tromba de água provocou inundações na Maia
A intensa chuva que caiu durante a noite na zona da Maia e Porto causou várias inundações um pouco por todo o concelho, disse hoje à Lusa o responsável da protecção Civil do concelho, António Lopes.
«Podemos dizer que se tratou de uma pequena tromba de água (...) que levou a que praticamente todos os cursos de água do concelho tivessem transbordado as suas margens provocando várias inundações», disse aquele responsável.
O rio Leça e todos os seus afluentes saíram dos seus leitos, assim como as ribeiras de Almorode e do Arquinho, que causaram as situações mais complicadas, inundando vias públicas e algumas casas.
Os bombeiros foram chamados a intervir um pouco por todo o lado, mas a situação mais séria verificou-se na EN-14, cerca das 4:00, junto da entrada para o centro da cidade e do monumento conhecido como «As Pirâmides», onde a água se acumulou de tal forma que várias viaturas ficaram imobilizadas.
«Esta situação gerou algum pânico nos automobilistas afectados, que abandonaram os carros com água pela cintura e se refugiaram numa elevação de terreno», disse aquele responsável.
António Lopes destacou a actuação dos Bombeiros de Moreira da Maia, responsáveis pela zona mais afectada, e referiu que ao princípio da tarde a situação já está a regressar à normalidade, estando apenas em curso a limpeza das áreas inundadas.