Uma equipa da Universidade da Califórnia implantou tecido modificado geneticamente no cérebro de uma mulher, numa tentativa para impedir a morte dos seus neurónios provocada pela doença Alzheimer. Esta é a primeira vez que se utiliza um método genético para neutralizar a doença.
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Uma equipa clínica da Universidade da Califórnia implantou tecido modificado geneticamente no cérebro de uma mulher, numa tentativa para impedir a morte dos seus neurónios provocada pela doença Alzheimer.
Esta é a primeira vez que se utiliza um método genético para neutralizar um dos efeitos desta doença degenerativa e incurável, que causa a perda gradual das funções vitais dos pacientes.
Um comunicado da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, em São Diego, indicou que a operação durou 11 horas e que a paciente, de 60 anos, recebeu alta no sábado.
Fontes da Escola de Medicina disseram que a paciente se encontra nas primeiras etapas da doença, que lhe foi diagnosticada há três anos.
Acrescentaram que a Etapa I da experiência teve por objectivo suspender o processo de morte das células cerebrais que ainda restam na paciente e, em última instância, melhorar o seu funcionamento através da inserção de uma molécula natural chamada «factor de crescimento neuronal».
O procedimento foi realizado pelo neurocirurgião Hoi Sang, que implantou as células extraídas do próprio tecido dérmico da paciente.
A universidade manifestou, através de comunicado, que a Fase I foi concebida com o propósito de determinar se o procedimento de transplante das células é seguro.
Revelou ainda que as células foram colocadas no sector do cérebro onde se centram as funções cognitivas e da memória.