As cinco propostas para a nova travessia sobre o Tejo foram apresentadas durante o seminário organizado pela Ordem dos Engenheiros, no Laboratório de Engenharia Civil, e que ficou marcado pela polémica em torno das soluções defendidas pela Confederação da Indústria Portuguesa e pela RAVE (empresa responsável pela rede ferroviária de alta velocidade).
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Carlos Fernandes, administrador da RAVE, disse no seminário que uma ponte entre Chelas e o Barreiro será mil milhões de euros mais barata do que uma travessia entre o Beato e o Montijo.
Em reacção, José Manuel Viegas (CIP), que defende a opção Beato-Montijo, mostrou-se indignado, salientando que o Governo não mostra vontade de discutir outras alternativas.
«Não vale a pena protestar, porque o que estamos a ver aqui é um embuste. Se o Governo der cobertura a este comportamento de Carlos Fernandes, considero que tudo o que se está a passar aqui é um embuste», salientou José Manuel Viegas.
O responsável da CIP diz que, para escolher a melhor opção, «é preciso fazer as coisas de forma civilizada e transparente», em vez de rejeitar «qualquer proposta diferente».
O LNEC tem assim cinco estudos em mão, embora só deva analisar três, porque o Governo indicou que pretende uma opção que seja rodo-ferroviária.
As opções rodo-ferroviárias são: Chelas-Barreiro (RAVE), Beato-Montijo (CIP), e Olaias-Barreiro (Pompeu dos Santos).
De fora ficam duas propostas que são apenas ferroviárias, uma que liga Chelas ao Montijo e outra que liga Alverca ao novo aeroporto.