O surto de cólera declarado na Guiné-Bissau alastrou nos últimos dias a vários pontos do país, tendo-se registado 12 óbitos nos mais de 900 casos registados.
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Em declarações aos jornalistas, num balanço diário sobre da evolução da doença, até aqui confinada a cidade de Bissau e arredores, Cunhaté Nanbagna, dos serviços de higiene e epidemiologia do hospital Simão Mendes, confirmou o alastramento do surto a outras regiões.
Segundo Nanbagna, a doença já atingiu Cacheu (norte) e Quinará (sul), havendo sérios riscos de um alastramento para outras áreas do país, devido à época das chuvas.
Desde o passado dia 11, os serviços do hospital Simão Mendes já registaram 937 casos de pessoas infectadas e 12 óbitos, tendo alertado as populações para a necessidade de acatarem os "conselhos" médicos sobre a doença.
«Todo o cuidado é pouco em relação à cólera. As pessoas, nas comunidades, devem ter mais cuidado com a água, bem como com as frutas e legumes que consomem», frisou.
Cunhate Nanbagna enalteceu o papel dos órgãos de comunicação social locais que têm difundido conselhos sobre os cuidados que a observar para evitar a cólera, uma doença considerada de rápido contágio.
Para evitar o alastramento da doença, os serviços sanitários guineenses avançaram com duas importantes medidas, a proibição da venda de água bebível nas ruas e a desinfestação dos principais mercados.