Santana Lopes entende que o veto do Presidente da República à «central de comunicação» do Governo não é motivo para um corte de relações com Belém. No Porto, o primeiro-ministro congratulou-se ainda por dois dos novos secretários de Estado serem desta cidade.
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O primeiro-ministro afirmou que compreende e aceitar a decisãoo de Jorge Sampaio de vetar a «central de comunicação» que foi proposta pelo Governo e que foi aprovada num Conselho de Ministros realizado em Coimbra.
«Compreendo e aceito a decisão do Presidente da República e não a critico, embora este tipo de organismo exista na maior parte dos países europeus», afirmou Pedro Santana Lopes, no Porto, no domingo à noite.
Para o chefe do Executivo, o veto de Sampaio não é motivo para tensão no «excelente relacionamento institucional», pois «não é uma questão fundamental para a Pátria».
«Não é matéria que leve a nenhuma crise em Portugal, nem a nenhum problema», assegurou Santana, que garantiu que se tiver de acontecer algum conflito com Sampaio, que espera que nunca aconteça, seria por alguma matéria de relevo bem diferente».
Santana Lopes comentou ainda a mini-remodelação ministerial que fez e que envolveu apenas secretários de Estado, congratulando-se pelo facto de Jorge Neto e Marco António serem naturais do Porto.
«Não escolho as pessoas pelo que representam, nem pela sua residência, mas fico contente pelo facto de dois dos novos secretários de Estado serem desta cidade», concluiu Santana à saída da cerimónia de encerramento do projecto «A Bíblia Manuscrita».
O primeiro-ministro transcreveu três versículos do último capítulo do livro de Eclesiastes, que versam sobre a sabedoria, no final de uma iniciativa que decorreu aos fins-de-semana desde dia 6 em 22 cidades do país.