O movimento Compromisso Portugal defende uma reforma da Segurança Social com um modelo de financiamento diferente do actual. António Nogueira Leite diz que se nada se alterar terá de haver um «esforço brutal» por parte das gerações futuras para pagarem as reformas dos mais velhos.
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O movimento Compromisso Portugal vai propor na sua segunda convenção que começa esta quinta-feira no Convento do Beato diversas medidas entre as quais a reforma da Segurança Social.
Ouvido pela TSF, António Nogueira Leite, que integra este movimento, defende nesta reforma não está em causa a privatização do sistema, mas sim a alteração do modelo de financiamento.
«Cada um passa a tratar mais intensamente da sua reforma durante a sua vida activa e não se passa para as gerações futuras o ónus de pagar às actuais gerações reformas muito mais baixas mantendo os impostos ou muito mais altas com impostos mais altos», explicou.
Este empresário admite que, em tese, até poderia concordar com o actual modelo, mas lembra que a actual demografia faz com que seja apenas possível aplicar esta fórmula com um «esforço brutal, se nada mudar, para os filhos e netos».
As sugestões deste movimento para aumentar a competitividade e o modelo económico e social do país incluem também uma proposta que envolve a dispensa de 200 mil funcionários públicos.