O inquérito sobre utilização individual das Tecnologias de Informação, apresentado hoje pelo ministro da Ciência, revela que os computadores já não assustam os portugueses. Quem não tem é porque não pode.
Corpo do artigo
Quase um quarto da população portuguesa entre os 15 e os 65 anos utiliza computador. Destes, 27 por cento têm-no em casa.
Os habitantes com curso médio ou superior são os que mais usam o computador (92%), seguidos pelos do ensino secundário (32%)
A maior fatia de utilizadores de PCs está entre os 15 e os 19 anos (81%). O número vai decrescendo até se ultrapassar os 50 anos, onde a utilização é de 11 por cento.
Por regiões, o Algarve é onde mais se utiliza o computador (48%), seguida de Alentejo (44%) e de Lisboa e Vale do Tejo (42%). A região Centro vem a seguir, com 37 por cento e o Norte em último, com 35 utilizadores por cada 100 habitantes.
As ilhas não foram contempladas no estudo, «por uma questão de custo e de tempo», afirmou a presidente do Observatório de Ciências e Tecnologia, Lurdes Rodrigues.
Maioria usa no trabalho
A maior parte dos utilizadores serve-se do computador em casa (66%), enquanto 52 em cada 100 usam o PC do patrão.
Para 76 por cento dos inquiridos, o computador é usado para actividades de trabalho, enquanto 67 por cento usam o rato por lazer e 62 o fazem para estudo e aprendizagem. As chamadas de voz são o factor preferencial de sete por cento dos utilizadores.
Entre as razões que levam as pessoas a comprar computador, 31 por cento dizem que é «um importante instrumento na educação escolar dos filhos» e 24 em cada 100 dizem ser «para poupar tempo na realização de trabalhos».
Para quem não compra computador, a maior razão é a máquina não ter qualquer utilidade. 30 por cento respondem que é muito cara e seis por cento não compram PC por não saberem como se utiliza.
Este inquérito foi efectuado a seis mil pessoas do Continente, entre Maio e Junho deste ano.