A taxa de concentração de espermatozóides não é o único factor que condiciona a esterilidade masculina, segundo um estudo norte-americano da Universidade de Rochester, publicado quinta-feira na «New England Journal of Medicine».
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O estudo da Universidade de Rochester põe em causa as normas definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que definem a esterilidade, demostrando que existem outras condicionantes que conduzem à esterilidade, como por exemplo o tamanho e a morfologia dos espermatozóides.
Os procedimentos que são praticados actualmente em laboratório para determinar a esterilidade, segundo os critérios definidos pela OMG, não levam estes dados em conta, segundo os autores deste estudo publicado na «New England Journal of Medicine», que examinaram a qualidade do esperma em 1500 homens nos EUA.
David Guzick, que conduziu este trabalho, concluiu que os critérios que definem a esterilidade masculina não são assim tão óbvios como os manuais de medicina querem fazer crer.
«Até agora nós utilizámos as directivas (da ONG) sem as sujeitar a testes rigorosos. Esperamos que os especialistas utilizem as nossas conclusões no seu aconselhamento aos casais estéreis, e que adaptem os seus tratamentos», disse Guzick.
Segundo a OMS, a taxa de concentração «normal» é de 20 milhões de espermatozóides por mililitro, dos quais pelo menos 50 por cento devem estar em movimento. Toda a concentração de espermatozóides inferior a esta é considerada «anormal».