Enquanto que o Minho sofre agora um agravamento das condições climatéricas, a sul o tempo está a melhorar e a protecção civil aponta que para ao fim da tarde a situação esteja normalizada.
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No bairro das Fontaínhas, no Porto, a possibilidade da derrocada de um muro fronteiro ao bairro das Fontaínhas levou à evacuação de 250 pessoas, havendo a apossibilidade de serem destruídas cerca de 50 habitações.
Outra consequência do vento forte foi o corte de energia eléctrica, com as vilas de Melgaço e Arcos de Valdevez a ficarem sem luz, o mesmo acontecendo com várias outras localidades rurais.
Águas sobem em Santarém
Segundo a delegação distrital de Santarém do Serviço Nacional de Protecção Civil, as águas do Tejo vão continuar a subir durante o dia de hoje, estando prevista para a tarde a submersão da Estrada Nacional 365, na Ponte de Palhais (Ribeira de Santarém) e nas Assacaias, mantendo-se a interrupção na Ponte do Alviela, o que originará o isolamento de Reguengo do Alviela.
De acordo com o último ponto da situação feito pela Protecção Civil, espera-se que durante a noite a povoação das Caneiras (também no concelho de Santarém) fique igualmente isolada devido à submersão da estrada municipal 587, na Quinta de Santo António.
Registam-se ainda inundações graves em Tomar onde as autoridades já falam das piores cheias do século. Em Santarém as águas subiram junto ao Rio Tejo e Rio Alviela e as zonas ribeirinhas do Porto ainda estão a sofrer cheias devido à subida das águas do Douro.
Zona ribeirinha da Régua de prevenção
Recordamos que esta manhã o Rio Douro provocou na Régua, a destruição parcial do cais da Junqueira, tendo as águas arrastado bancos, baloiços, mesas e ainda os candeeiros de iluminação pública. Mantém-se no entanto a ameaça de cheia na zona ribeirinha da Régua, tendo as autoridades da protecção civil emitido um aviso aos moradores para que se mantenham de prevenção.
Como medida de precaução, a GNR vai cortar ao trânsito a avenida João Franco, o primeiro arruamento a ser afectado quando o Douro galga as margens.
A barragem de Bagaúste, localizada a pouco mais de dois quilómetros a montante da Régua, atingiu o seu limite de armazenamento, estando a proceder às descargas de segurança.
Cais de Gaia e Miragaia inundados
As cheias no rio Douro junto à foz atingiram o seu «pico» às 12:00 de hoje, inundando o cais de Gaia e zona de Miragaia. As cheias inundaram algumas habitações na zona de Mira Gaia. Durante a madrugada e ainda no decorrer desta manhã ficaram desalojadas cerca de 25 famílias do Bairro da Tapada, as quais estão a ser encaminhadas para um dispositivo de segurança no Palácio de Cristal.
Quanto à ilha da Madeira, superou praticamente a passagem do mau tempo da última noite, cuja principal consequência foi o encerramento do aeroporto do Funchal.
Corte de luz devido ao mau tempo
Ainda no continente português a chuva e vento que têm assolado o litoral provocaram estragos na rede de média e baixa tensão da EDP que interromperam o fornecimento de energia em vários distritos.
Em nota enviada à imprensa, a distribuição da EDP sublinha que os distritos mais afectados por cortes de energia são o Porto, Aveiro Viseu, Leiria, Santarém, Lisboa e Setúbal e que, na maioria dos casos, o fornecimento de energia foi reposto rapidamente.
A mesma nota dá conta da «queda de linhas aéreas por acção de queda de árvores, aluimentos de terrenos e projecção de objectos, quebra e contornamento de cadeias de isoladores e inundações de
algumas instalações» como estragos comuns devido ao mau tempo.
Olho vivo em algumas regiões
As fortes rajadas de vento que nas últimas horas fustigaram o distrito de Viana do Castelo provocaram o derrube de cerca de cem árvores, o que originou cortes na circulação ferroviária e rodoviária.
Também na estrada nacional Amarante/Régua (EN 101) o trânsito está condicionado na localidade de Reboreda, devido à queda de uma barreira.