Cerca de 1 500 delegados na Conferência do Cidadão contra o Racismo, exigiram, aos seus governos, a adopção de medidas efectivas contra a xenofobia e todas as formas de intolerância.
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Cerca de 1 500 delegados de 36 países americanos, na Conferência do Cidadão contra o Racismo, exigiram aos seus governos a adopção de medidas efectivas contra a discriminação.
Durante dois dias, os delegados que pertencem a organizações não-governamentais (ONG's) vão elaborar uma proposta para apresentar à Conferência Governamental Preparatória contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e todas as formas de Intolerância.
Para os delegados das ONG's, as primeiras vítimas no continente americano são os indígenas. Francisco Estevéz, presidente da Fundação Ideas e secretário Geral do encontro, afirmou que os cidadãos devem exigir a todos os governos americanos alterações nos vários tipos de estruturas (políticas, económicas, sociais e culturais) «em que se sustenta a injustiça do racismo».
«Estamos a interpelar politicamente os governos acerca dos conteúdos xenófobos, racistas, intolerantes e discriminatórios que estão presentes nas leis e normas vigentes, assim como nas práticas que segregam e excluem», acrescentou Estévez.
A confererência governamental contra o racismo será inaugurada na terça-feira pelo vice-presidente chileno, José Maria Insulza, na presença da Alta-Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Mary Robinson.
Os governos irão discutir as origens, causas, formas de racismo e discriminação e também medidas para a sua prevenção e erradicação, bem como uma estratégia para a total e efectiva igualdade, que inclui a cooperação internacional contra o racismo.
Esta conferência continental serve para preparar a Conferência Mundial de 2001 na África do Sul.