O 1º Congresso da Associação Portuguesa pela Humanização do Parto (HumPar), que tem início esta sexta-feira, vai debater durante os próximos dias alterações nalgumas práticas dos hospitais portugueses. A associação defende que uma das mudanças começa logo pelo acompanhamento da mulher.
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Começa esta sexta-feira o 1º Congresso da Associação Portuguesa pela Humanização do Parto (HumPar).
Esta associação, que nasceu no início do ano, defende alterações em diversas práticas que fazem o dia-a-dia dos hospitais portugueses.
Em declarações à TSF, Américo Torres, secretário-geral da HumPar, disse que uma das mudanças deve começar, desde logo, pelo acompanhamento da mulher.
«Devemos exigir que a mulher seja acompanhada por alguém da sua confiança, desde o momento da entrada na maternidade até à saída. Esta prática já acontece em muitos países, sendo que em Portugal ocorre em clínicas privadas», defendeu.
Américo Torres questionou também o uso excessivo da epidural, afirmando que não está contra a aplicação da anestesia, mas que esta só deve ser usada em casos de absoluta necessiadde.
«A HumPar está de acordo com qualquer intervenção médica, desde que utilizada como recurso e não como norma. Está provado cientificamente que a epidural tem consequências negativas para o parto, mas também tem efeitos positivos se for uma solução pontual e necessária», disse.
Américo Torres defendeu ainda que o cordão umbilical não deve ser logo cortado, sublinhando que «o bebé poderia e deveria ficar ligado à mãe até o cordão deixar de pulsar».