O conselheiro militar palestino Moussa Arafat foi assassinado esta quarta-feira por desconhecidos que entraram na sua casa de Gaza. O assassínio do primo de Yasser Arafat foi já condenado pelo presidente da Autoridade Palestina.
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O conselheiro para os assuntos militares do presidente da Autoridades Palestina foi assassinado durante a madrugada desta quarta-feira por desconhecidos em sua casa na cidade de Gaza.
Segundo a agência Reuters, desconhecido terão primeiro atacado os guarda-costas de Moussa Arafat, antes de entrarem em casa deste e de o assassinarem depois de o terem arrastarem para a rua.
Mussa Arafat, de 64 anos e primo do antigo líder palestino Yasser Arafat, foi atingido por 23 tiros numa altura em que está iminente a entrega do controlo da Faixa de Gaza aos palestinos.
A acção foi reivindicada pelo Comité de Resistência Popular, que disse que esta acção teve como objectivo a eliminação de um «colaboracionista».
Através de um comunicado, Mahmud Abbas apressou-se a condenar o assassínio do seu conselheiro militar, afirmando que estão a ser mobilizados todos os esforços para que os autores deste crime sejam encontrados.
O presidente da Autoridade Palestina prometeu ainda fazer tudo para libertar o filho de Moussa Arafat, Manal, que foi raptado no decurso desta acção.
O ex-chefe da segurança nacional da Autoridade Palestina tinha muitos inimigos e já tinha mesmo sobrevivido a um atentado contra si em Julho de 2003, quando uma granada atingiu o veículo em que seguia.
Um ano depois deste atentado, Moussa Arafat chegava ao cargo de responsável máximo pela segurança nacional não sem que esta nomeação fosse violentamente criticada mesmo no seio da Fatah.
Moussa Arafat era considerado pelas Brigadas dos Mártires de al-Aqsa, grupo ligado à Fatah, como «simbolo» da corrupção na Autoridade Palestina.