O presidente do Conselho de Reitores, José Lopes da Silva, está preocupado com o corte de verbas para o funcionamento das universades, apesar do aumento do orçamento para 2007 para o Ministério da Ciência e Ensino Superior, anunciado esta sexta-feira, pelo primeiro-ministro, José Sócrates.
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O presidente do Conselho de Reitores saúda o aumento de verbas para a ciência, mas não deixa de notar que há uma diminuição das mesmas para o funcionamento das universidades.
José Lopes da Silva considera que esta descida vai colocar problemas em especial a alguns estabelecimentos de ensino superior, como é o caso das universidades dos Açores, Madeira, Algarve e Évora.
O responsável lembra que com esta diminuição de verbas «o orçamento transferido é, na maior parte dos casos, inferior aos encargos com remunerações certas e permanentes», o que pode causar sérias complicações às universidades no próximo ano lectivo.
Para evitar problemas, o presidente do Conselho de Reitores considera que é preciso «encontrar modo de colmatar esta situação através de receitas próprias ou de outras origens, nomeadamente o próprio Programa da Ciência».
José Lopes da Silva afirma que há por isso maneira de contornar os obstáculos.
«Desde que este aumento para a ciência tenha em conta aquilo que o orçamento de funcionamento dirige para a ciência não me causa grande problema, nesse aspecto poderá haver um reequacionamento do montante global que depois será efectivamente colocado à disposição», disse.
O primeiro-ministro anunciou, esta sexta-feira, que no Orçamento de Estado para 2007 vão registar-se cortes no funcionamento de todos os ministérios, à excepção do Ministério da Ciência, que vai registar um aumento das verbas de 64 por cento.