A constituição iraquiana foi aprovada em referendo. O documento passou muito por causa dos votos da província de Nínive, que assim não se tornou a terceira província a votar contra, o que significaria que a constituição não poderia ser aprovada.
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A constituição iraquiana foi ratificada esta terça-feira, após ter sido anunciado que 78 por cento dos iraquianos votaram em referendo a favor da proposta contra 21 por cento que se mostraram contra.
A Comissão Eleitoral indicou ainda que a afluência às urnas foi de 63 por cento e que duas províncias das 18 do país (Anbar e Salahaddin, de onde é natural Saddam Hussein) votaram massivamente contra a proposta.
A grande dúvida do referendo de 15 de Outubro estava em saber qual seria a opção de voto da província de Nínive, uma vez que se também esta tivesse mais que dois terços de opositores à constituição esta não poderia ser adoptada.
De acordo com os resultados finais, nesta província do noroeste do Iraque só 55 por cento dos eleitores votaram contra, menos 11 por cento do que seria necessário para que o documento não fosse aprovado.
Com esta aprovação, ficou aberto o caminho para que o parlamento a eleger a 15 de Dezembro fique com poderes constitucionais totais durante os quatro anos para os quais será eleito.
Caso a constituição tivesse sido bloqueada, este parlamento ficaria apenas com poderes interinos pelo período de um ano, período durante o qual teria de ser escrita novo documento.