Os construtores civis de Lisboa ameaçam recorrer para os tribunais para contestar a nova política da câmara, que obriga a que pelo menos 25 por cento das novas casas sejam vendidas a custos controlados. Joaquim Carlos Fortunato diz que esta é uma política que «só faz sentido no regime de Cuba».
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Para além do custo controlado das residências, no acordo político que fez com o presidente da câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, do Bloco de Esquerda consegue também a garantia de que não haverá novas construções na frente ribeirinha.
Joaquim Carlos Fortunato, o presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas, em declarações à TSF, contesta uma política que diz que só faz sentido no regime de Cuba.
«Uma medida destas contraria todas as regras de economia de mercado, de transparência de concorrência e não acreditamos que isso seja possível», salienta o presidente da associação.
Joaquim Carlos Fortunato mostra-se incrédulo com esta obrigatoriedade de pelo menos 25 por cento das novas casas serem vendidas a custos controlados e, se for necessário, ameaça recorrer aos tribunais.
«Nos estamos na cidade de Lisboa, não estamos em havana, não estamos em cuba, e se isso avançar admitimos recorrer ao tribunal porque não nos parece legal qualquer medidas que fixe os preços das casas», diz Joaquim Fortunato.
A política de controlo dos preços das habitações já foi contestada também pelo vereador eleito do PSD.
Fernando Negrão diz que a intervenção da câmara só pode ser feita através da EPUL e não junto de construtores civis privados.