Na contagem decrescente para o Conselho Nacional, esta noite, há a perspectiva de que sejam apresentadas novas candidaturas à liderança do partido, numa altura em que Pedro Santana Lopes mantém o tabu e várias vozes pedem uma candidatura de Alberto João Jardim.
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À mesa do almoço esta quarta-feira neste «puzzle» do PSD juntaram-se os líderes de duas maiores distritais do partido, a de Lisboa e do Porto.
Estes representantes de cerca de 50 mil militantes não declaram abertamente o apoio a uma eventual candidatura de Alberto João Jardim à presidência do PSD, mas elogiam as capacidades do líder madeirense.
Marco António Costa e Carlos Carreiras dizem que se Jardim resolver entrar nesta corrida pode contar com o carinho dos militantes de Lisboa e Porto.
A este almoço juntou-se Ribau Esteves, o secretário-geral do PSD, que em declarações à TSF, afirmou esperar pela apresentação de todas as candidaturas. Só depois disso decidirá quem vai apoiar.
Na Madeira, os dirigentes social-democratas esperam que se possa criar uma vaga que abra caminho a Alberto João Jardim.
Entretanto o líder da distrital de Braga, um santanista, que lidera uma estrutura que tem peso no partido, já disse não estar disponível para apoiar este candidato nem qualquer outro.
A convicção é de Virgílio Costa pelo menos enquanto não forem ouvidos os militantes e não surgirem outros candidatos.
«A eleição do líder do partido é um acto que cumpre individualmente a cada um dos militantes que deve fazê-lo em plena consciência e depois de analisados os projectos, os programas e as ideias que cada candidato vai apresentar para o PSD e o país, nunca em função de espectáculos mediáticos, jogadas de bastidores e de acordos completamente deploráveis», disse.
O líder da distrital de Braga também foi convidado para o almoço, mas acabou por rejeitar, por considerar que os militantes devem reunir-se de forma clara e sóbria.
«Os militantes do partido devem falar preferencialmente nas sedes políticas, devem falar em ambientes discretos e de grande cordialidade, à vista e na presença de todos os militantes. É a circunstância de se refugiarem num hotel e permitirem o circo mediático que não merece a minha aprovação», esclareceu.