Cerca de 2.500 professores e dirigentes sindicais, que estiveram reunidos em plenário nacional no Parque Eduardo VII, em Lisboa, munidos de impermeáveis amarelos, estão a formar um cordão humano que vai cercar as instalações do Ministério da Educação (ME).
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Os docentes, agarrados a uma corda de 1.750 metros, vão percorrer toda a Avenida Fontes Pereira de Melo e iniciar a marcha rumo às instalações da tutela, na Avenida 5 de Outubro.
Mais uma vez sob chuva, a marcar os últimos protestos, os docentes reiteraram que não vão abdicar de lutar contra o Estatuto da Carreira Docente (ECD), que dizem degradar a sua dignidade profissional.
«É uma alegria ao fim de 40 anos de carreira ver que a luta jamais abrandará enquanto não sairmos vencedores, mesmo sob a chuva e todas as intempéries. A nossa convicção é inabalável», disse Paulo Sucena, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e porta-voz da Plataforma Sindical que integra 14 sindicatos do sector.
Com bandeiras de várias cores, onde se pode ler «professores em luta» e vestidos de impermeáveis amarelos, os docentes terminam hoje uma jornada de protesto de três dias, que começou quarta-feira com o início de uma vigília frente ao ME.
«A luta continua, a ministra vai para a rua» foi a palavra de ordem que sexta-feira voltou a caracterizar os protestos dos docentes, que obrigaram ao corte parcial do trânsito na Avenida Fontes Pereira de Melo e na Avenida da República.
O processo de negociação suplementar relativo à revisão do ECD termina segunda-feira, apesar dos sindicatos já terem «posto de lado a hipótese de assinar qualquer acordo».