A Coreia do Norte confirmou que tem armas nucleares suficientes para se defender de um ataque norte-americano. Em entrevista à ABC, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros não quis adiantar qual a extensão do arsenal de Pyongyang.
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O vice-ministro norte-coreano dos Negócios Estrangeiros confirmou que o seu país tem bombas nucleares suficientes para resistir a um ataque norte-americano, apesar de o seu programa nuclear não visar nenhum ataque aos EUA.
Em entrevista à televisão norte-americana ABC, Kim Gye-gwan, que disse que Pyongyang planeia mesmo construir mais armas nucleares, não quis no entanto avançar qual a extensão arsenal da Coreia do Norte, dizendo que isso era um «segredo».
O regime norte-coreano disse recentemente que poderia estar à beira de uma fase de testes nucleares, tendo mesmo declarado-se como um Estado nuclear em Fevereiro, o que coincidiu com a sua retirada das conversações para o desarmamento nuclear com os EUA, Rússia, Japão, China e Coreia do Sul.
Pela voz do porta-voz do governo, o Japão já considerou estas declarações como um «desafio à paz mundial», numa altura em que os «países do mundo inteiro colaboram sobre a questão da não-proliferação nuclear».
«O Japão não mudou a sua posição sobre a necessidade de resolver correctamente as negociações a seis. O Japão e os EUA partilham do mesmo ponto de vista sobre a questão. Estamos convencidos de que a China, a Rússia e a Coreia do Sul também nos seguem», acrescentou Hiroyuki Hasoda.
Os EUA já disseram que esperam o regresso da Coreia do Norte à mesa das negociações, contudo, os norte-coreanos já disseram que apenas voltam às conversações se os norte-americanos aceitarem condições que os norte-coreanos não quiseram especificar.
As negociações a seis foram interrompidas há um ano na sequência de um desentendimento entre os EUA e a Coreia do Norte acerca da atribuição de um programa de assistência económica em troca do abandono dos esforços norte-coreanos no seu programa nuclear.