A Coreia do Norte estará disposta a abandonar as suas armas nucleares, indicou uma fonte sul-coreana. Segundo esta fonte, Pyongyang exige como uma das contrapartidas o fim da política de hostilidades por parte dos EUA.
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A Coreia do Norte declarou que está disposta a abandonar as suas armas nucleares em troca por uma inversão da política norte-americana de hostilidade para com Pyongyang.
Esta intenção foi indicada por uma fonte sul-coreana que participa nas conversações em Pequim que se destinam a convencer os norte-coreanos a abandonarem o seu programa nuclear.
«A Coreia do Norte propõe-se a liquidar as suas armas nucleares e o seu programa de armas nucleares de forma a que isso seja verificável se a Coreia do Norte e os EUA normalizarem as suas relações e criarem um clima de confiança e retirarem a sua ameaça nuclear», afirmou o chefe da delegação norte-coreana, segundo esta fonte.
Ainda de acordo com esta fonte, Kim Gye-Gwan terá ainda exigido aos EUA que «metam termo à sua política hostil para derrubar o regime norte-coreano, colocando em funcionamento um sistema institucional e jurídico para uma coexistência pacífica».
Contudo, o vice-ministro norte-coreano dos Negócios Estrangeiros reiterou a recusa de uma proposta norte-americana feita em Junho onde Washington «exigia à Coreia do Norte que abandonasse imediatamente as suas armas».
No segundo dia da quarta ronda de conversações sobre esta matéria, os sul-coreanos propuseram a adopção de um documento conjunto por parte dos seis países envolvidos neste encontro com duas ideias, indicou um oficial sul-coreano.
Por um lado, a Coreia do Norte deveria deixar abandonar todos os programas relativos ao nuclear e em troca a Coreia do Sul, EUA, Japão, Rússia e China deveria dar a Pyongyang ajuda económica, garantias de segurança e um melhoramento das suas relações com este estado comunista.
O segundo dia destas conversações tem sido marcado por uma série de encontros directos considerados como surpreendentes entre enviados de Washington e de Pyongyang, sabendo-se estas conversações surgem após 13 meses de paragem nas negociações ditados pelos norte-coreanos.