Aos protestos por causa do encerramento de vários serviços de saúde, o ministro que tutela esta pasta, Correia de Campos, responde que a reforma dos cuidados de saúde primários está a correr melhor do que ele próprio pensava.
Corpo do artigo
Esta tarde, em Vila Real, Correia de Campos inaugurou a centésima Unidade de Saúde Familiar e aproveitou a oportunidade para dizer que em matéria de política de saúde era impossível fazer melhor.
O ministro da Saúde mostrou-se satisfeito com o trabalho que tem desenvolvido até agora e fez um balanço muito positivo do trabalho desenvolvido.
«Aumentámos tudo nestes anos, aumentámos o número de consultas externas e estabilizou o número de urgências, como deve acontecer, reduzimos as listas de espera de cirurgias, aumentámos o número de cirurgias de ambulatório em todos os hospitais, assim como as cirurgias programadas e o número de atendimentos totais nos centros de saúde», argumentou.
Correia de Campos apontou ainda o que considerou ser «o mais espectacular ganho em saúde, que eu próprio não esperava», o facto da mortalidade infantil ter baixado de 3,4 para 3,3 em 2006, um valor próximo do registado na Suécia.
Mas nem todos estão satisfeitos. O presidente da Câmara de Chaves afirmou, esta sexta-feira, que vai apresentar uma providência cautelar contra o fecho do bloco de partos da cidade. O ministro reagiu: «Está no seu direito!»
Correia de Campos respondeu também a quem afirma que a reforma da saúde apenas tem como objectivo poupar dinheiro.
O ministro realçou que os 330 milhões poupados vão ser melhor gastos em programas como o da vacinação contra o vírus que provoca o cancro do cólo do útero, mas também no alargamento do acesso à saúde oral.