O crescimento económico é a prioridade absoluta que o PS pretende apresentar nas legislativas antecipadas. No Fórum Novas Fronteiras, os socialistas definiram ainda a criação de novas políticas sociais, a qualidade de vida e a afirmação de Portugal como outras prioridades.
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O Partido Socialista definiu as linhas de rumo que pretendem para o país, tendo ficado estabelecido que o crescimento da economia é uma prioridade absoluta.
No Fórum Novas Fronteiras, que juntou socialistas e independentes, António Vitorino afirmou que «Portugal não pode superar as suas dificuldades económicas e sociais se não crescer mais».
«Crescer significa apostar decididamente na qualificação dos recursos humanos, na inovação, no plano tecnológico, que nos permita dar um grande salto qualitativo na nossa afirmação como país e colectividade», acrescentou.
O coordenador do programa de Governo que o PS vai apresentar nas legislativas antecipadas fixou ainda como segunda prioridade dos socialistas a criação de novas políticas sociais, para que se possa garantir a coesão social.
«A coesão social exige a introdução de reformas no funcionamento e na prestação dos serviços públicos», defendeu António Vitorino, que revelou ainda que as duas preocupações fundamentais do PS são a qualidade de vida, na qual se inclui o combate às assimetrias regionais, e a afirmação de Portugal no mundo.
Questionado pelos jornalistas, Vitorino justificou ainda a não referência à questão das finanças públicas nas prioridades socialistas, pois esta é um «pressuposto fundamental presente em todos estes temas».
O ex-comissário europeu para a Justiça confirmou ainda que a convenção das Novas Fronteiras está marcada para 22 de Janeiro, data em que serão apresentadas as bases programáticas do partido para as legislativas, e que até lá serão realizadas quatro sessões públicas cada uma sobre as prioridades socialistas para o país.
«A intenção do PS, afirmada hoje pelo secretário-geral, é tornar a convenção Novas Fronteiras numa dinâmica que se deverá prolongar para além das eleições como forma permanente de debate na sociedade portuguesa», clarificou.