A criminalidade nas escolas subiu 15 por cento no ano lectivo 2005/06, diz um relatório da PSP divulgado pelo «Expresso». Os crimes relacionados com armas ilegais, drogas e roubos foram os que mais subiram, num ano em que houve 2500 queixas à polícia.
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Os crimes nas escolas portuguesas aumentaram 15 por cento num ano, indica um relatório da PSP que foi entregue ao Ministério da Administração Interna e que surge esta sexta-feira nas páginas do «Expresso».
Neste documento que se refere ao ano lectivo de 2005/06 e que abrange mais de três escolas com cerca de um milhão de alunos, verificou-se uma subida sobretudo na posse e uso de armas ilegais, posse e consumo de estupefacientes e roubos.
Actos de vandalismo, ameaças e injúrias, agressões e ofensas sexuais são outros tipos de rimes que também tiveram uma subida na sua incidência, num ano em que se registaram 2500 queixas de crimes nas escolas portuguesas e 46 detidos.
A PSP detectou casos de prostituição envolvendo alunos e alunas menores em escolas da Grande Lisboa, tendo, em termos de armas, sido detectadas em particular armas brancas (facas e canivetes) e armas de fogo adaptadas.
A polícia, que tem 300 agentes destacados para um milhão de alunos, refere ainda que foram apreendidas 230 armas brancas e 15 armas de fogo, «quase o dobro do ano anterior», acrescenta o documento.
O relatório concluiu ainda que a maior parte dos roubos se davam nas imediações dos estabelecimentos de ensino e nos percursos entre a escola e a casa e que os assaltos são feitos maioritariamente por grupos que têm por alvos alunos entre os 11 e os 15 anos.
Ainda de acordo com este documento, os alunos foram aqueles que mais se queixaram à polícia, com professores e auxiliares a constituírem no seu conjunto 14 por cento dos 2500 queixosos do ano lectivo 2005/06.
Apesar de considerar estes números preocupantes, a PSP entende que poderá tratar-se de uma situação conjuntural, dado que este aumento de 15 por cento na criminalidade escolar segue a três anos consecutivos de baixa neste tipo de crimes.