José Sócrates considera que acusou o Governo de dar mais atenção à Europa do que a Portugal revela uma visão provinciana e ultrapassada. Estas declarações foram feitas no jantar de Natal com o grupo parlamentar do PS, no qual o secretário-geral do partido aproveitou para fazer o balanço do ano.
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O secretário-geral do PS e primeiro-ministro português, José Sócrates, apresentou-se no jantar de Natal do grupo parlamentar do PS com a Europa de um lado e as realizações do Governo no outro.
Da Europa, José Sócrates não resistiu em destacar a assinatura do Tratado de Lisboa e as cimeiras com África e o Brasil, o que serviu para se encher de orgulho na defensa da política externa mas lançado farpas cá para o dentro do país.
«Ouvi ao longo destes seis meses que talvez não devêssemos ligar tanto à Europa. E que, provavelmente, o Governo se devia concentrar nas questões internas e não tanto nas questões externas. Eu acho que isso é uma visão absolutamente provinciana e ultrapassada. Em primeiro lugar porque as questões europeias verdadeiramente não são de política externa, são de politica interna para Portugal e os interesses de Portugal defendem-se na Europa», defendeu o primeiro-ministro.
A política externa esteve no topo das preocupações mas o Sócrates garante que nem o Governo nem o PS esqueceram as questões internas e destas, também no topo, o primeiro-ministro elegeu as politicas sociais.
Na lista de sucessos de 2007, José Sócrates incluiu a politica de natalidade, a procriação medicamente assistida, o complemento para idosos, os cinco acordos na concertação social e o fim do aborto clandestino.