O ministro da Economia, Manuel Pinho, reconhece que a economia portuguesa não está a crescer ao ritmo desejado, mas entende que os dados sobre crescimento hoje divulgados são «positivos». Entretanto, Teixeira dos Santos disse esperar um crescimento do PIB, em 2006, acima das previsões do Governo.
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A economia portuguesa cresceu 0,9 por cento no segundo trimestre, face a igual período de 2005, superando as expectativas dos analistas, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
«Os números são três vezes superiores ao que a generalidade dos macro-economistas ainda ontem previam e pela primeira vez desde há muito tempo o crescimento em cadeia é rigorosamente igual ao da Zona Euro», disse o ministro da Economia.
Manuel Pinho salientou também que «o desemprego está a baixar, as exportações estão a ter um excelente comportamento, a confiança dos consumidores também está a subir e portanto ainda não estamos a crescer ao ritmo que todos desejaríamos, mas estamos no bom caminho».
Quanto ao investimento que teve uma quebra muito acentuada, Manuel Pinho desvaloriza e explica porquê.
«Excluindo a variação de stocks é menor a queda do investimento e dentro do investimento a componente que teve um comportamento negativo está relacionada com a construção», defendeu.
«Temos vindo a desejar mais investimento em tecnologia e menos no chamado betão. O que se vê é que o modelo da economia portuguesa está numa fase de transição para uma maior importância das exportações, do investimento com uma componente tecnológica», acrescentou.
Em Helsínquia, onde está a participar na reunião do Ecofin, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, fez saber esta tarde que espera um crescimento da economia este ano acima das previsões do Governo, que apontam para um aumento do PIB de 1,1 por cento.
Teixeira dos Santos reforçou também a ideia de que Lisboa vai cumprir a meta de 4,6 por cento estabelecida este ano para o défice.