O Dalai Lama encontra-se na Universidade do Wisconsin, a participar na nona conferência «Vida e Mente», que é uma colaboração entre filósofos e cientistas ocidentais e o líder tibetano, para tentar saber mais sobre a interacção entre as emoções e o cérebro.
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Os ensinamentos do budismo tibetano preconizam uma interacção entre mente e corpo, mas o que antes era apenas sustentado pelos místicos é agora estudado com atenção pelos cientistas.
O Dalai Lama visitará o novo laboratório da Universidade de Wisconsin, o W. M. Keck Laboratory for Functional Brain Imaging and Behaviour, que custou 10 milhões de dólares (2,2 milhões de contos) e que está equipado com o último «grito» em equipamentos não invasivos para seguir marcadores no cérebro e observar as diversas reações do mesmo a emoções variadas.
O W. M. Keck Laboratory é um dos únicos que possuem tecnologias para o estudo das alterações neurológicas, como as ressonâncias magnéticas funcionais (MRI), e tomografia de emissão de positrões (PET), que depois são combinadas para obter resultados mais satisfatórios.
Richard Davidson, director do laboratório e anfitrião do Dalai Lama, afirmou que «estas ferramentas vão permitir, pela primeira vez com tal precisão, olhar para dentro do cérebro com um nível de detalhe verdadeiramente espectacular».
Esta semana os cientistas vão usar a tecnologia do laboratório para observar o cérebro do monge budista, e biólogo molecular, Matthieu Ricard, com o fito de apurar se anos de meditação intensiva podem ser detectados no cérebro e detectar, se possível, o que acontece no cérebro do monge enquanto ele medita.
O Dalai Lama parece entusiamado pelos avanços da tecnologia, pela qual se interessa desde criança. O seu tradutor, Thupten Jimpa, diz que «Ele acredita que a ciência e o budismo partilham um objectivo comum: servir a humanidade e criar uma maior compreensão no mundo».