O metro do Porto saiu do papel e, agora que deixou de ser pretexto para anedotas políticas, já nem vale a pena lembrar que também este projecto da Invicta esteve muitos anos encalhado no Terreiro do Paço.
Corpo do artigo
É preciso esquecer o que muitos profetas da desgraça disseram, mas lembrar sempre que o mundo só pula e avança se houver lideres capazes de ter razão antes do tempo.
Demorou demais a arrancar, talvez, mas agora que já circula, o metro do Porto não pode parar nos limites da cidade, nem da sua área metropolitana.
É preciso dar com ele a volta ao mundo reunido na Alfândega, começando por lembrar o que disse ontem o antigo mayor de Nova Yorque em Vila Nova de Gaia, quando lembrou que as sociedades seguem os líderes que tenham uma ideia e saibam transmiti-la.
Rudolf Giuliani já tinha dito em Lisboa que os optimistas são mais felizes e que ninguém segue os líderes pessimistas, mas Portugal funciona muitas vezes ao contrário.
Espero, por isso, que o metro do Porto volte do terreno ao papel e passe pelo Terreiro do Paço a caminho de Finisterra. Porque o petroleiro enterrado no fundo do Atlântico vai agora precisar de uma escavadora aquática.
Quem falhou no caso Prestige foi Madrid que também tem um Terreiro do Paço mas é
uma cidade demasiado central, longe do mar e, agora, subitamente, sem metro para chegar à Galiza...
Palavras Cruzadas
Crónica diária, de segunda a sexta, às 10h30m