O candidato à liderança do PSD, Marques Mendes, recordou esta terça-feira o «respeito, elevação e dignidade» pelos órgãos e regras com que os sociais-democratas sempre travaram o debate interno, num comentário implícito à polémica do processo eleitoral das directas.
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Sem nunca se referir explicitamente à polémica gerada à volta das decisões do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD de permitir que os militantes dos Açores possam pagar as quotas até ao momento da votação nas directas e à exclusão de mais de 1.400 filiados dos cadernos eleitorais, Marques Mendes recordou «o respeito» que sempre houve em relação aos órgãos e regras do partido.
«O PSD sempre viveu de forma apaixonada o debate político. Mas, atenção, o PSD sempre travou o debate político interno com respeito, elevação, dignidade, com respeito pelos órgãos, com respeito pelas regras, com respeito uns pelos outros», disse.
Marques Mendes, que falava durante a apresentação da comissão de honra da sua candidatura às eleições directas de sexta-feira, recordou ainda que «os legítimos interesses de cada um não podem estar acima dos interesses do partido».
«As legítimas aspirações de cada militante não podem assumir-se à custa da imagem e do bom nome do partido», acrescentou, considerando que «a unidade e o bom nome do PSD são fundamentais».
Depois de ter arrancado as primeiras palmas do público, Marques Mendes fez ainda questão de dizer que não contam com ele para «fragilizar» o PSD, mais uma vez numa critica implícita à candidatura de Luis Filipe Menezes.
«Não contem comigo em nenhum momento para fragilizar o PSD, por qualquer método, atitude ou comportamento», sublinhou.