A DECO aconselha os aforradores a optarem pelos fundos de poupança, quando não necessitarem do dinheiro num futuro próximo, em detrimento dos depósitos a prazo onde perdem dinheiro em termos reais.
Corpo do artigo
A DECO faz estas observações a propósito do Dia da Poupança, que se comemora terça-feira.
A associação de defesa do consumidor lembra «a dificuldade que muitos portugueses enfrentam para conseguir amealhar algum dinheiro», comprovado na diminuição, nos últimos anos, da taxa de poupança.
Aos que conseguirem poupar, a DECO lembra que é uma má opção os depósitos a prazo, já que, apesar de continuarem a ser o veículo mais difundido para aplicação das poupanças, a taxa líquida média é de 1,7 por cento, ou seja mais baixa do que a inflação e, por isso, o aforrador está, na realidade, a perder dinheiro.
«Para um depósito de cinco mil euros a 12 meses, actualmente a taxa líquida varia entre 0,3 e 3,2 por cento e, em média, é de apenas 1,7 por cento, ou seja, há muitos depósitos aquém da taxa de inflação prevista para este ano», de 2,3 por cento, explica a DECO em comunicado.
Além de remunerarem mal a poupança, os depósitos são ainda mal comunicados aos consumidores pelas instituições financeiras, acusa a associação.
As campanhas de promoção destes produtores pretendem, muitas vezes, apenas «seduzir os consumidores», considera a DECO, sendo pouco claras sobre o rendimento que, por vezes, «refere-se a um período promocional, que é pouco relevante para o total da aplicação».
Os aforradores devem, preferencialmente, canalizar montantes que prevêem não necessitar num futuro próximo para investimentos a longo prazo, com opção pelos fundos que «permitem diversificar», aconselha a DECO.