João Fernandes, da Associação de Defesa do Consumidor, diz que as novas regras das taxas de juro do crédito à habitação, são muito positivas. O responsável discorda do presidente da Associação Portuguesa de Bancos, que defende que as novas regras não vão mudar nada.
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Ao contrário do presidente da Associação Portuguesa de Bancos, a Deco considera que as novas regras vão beneficiar os consumidores e que os bancos não devem recorrer a um aumento de spread para compensar as novas taxas de juro.
«Penso que não há nenhuma justificação para aumentar o spread, já que o arredondamento nunca foi visto pela banca como uma forma alternativa de obter receitas provenientes dos empréstimos», sublinha o responsável da Deco.
«Com as novas regras o contracto acaba por ser mais transparente porque o cliente fica com mais noção de qual a taxa que vai estar associada ao seu contrato e quanto é que vai pagar em cada momento», salienta João Fernandes.
O Governo aprovou, esta quinta-feira, uma proposta de lei que fixa regras com o objectivo de tornar mais «transparentes» os arredondamentos dos juros no crédito à habitação e outro que obriga os bancos a disponibilizar no mesmo dia os depósitos de numerário e cheques visados.