O défice comercial português aumentou 1,3 por cento em 2007, penalizado pelo crescimento das importações, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta segunda-feira.
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A diferença entre as vendas ao exterior e as compras feitas ao estrangeiro de bens e serviços foi de 19.356 milhões de euros, nos 12 meses em que as exportações aumentaram 8,4 por cento e as importações cresceram 6,9 por cento.
Embora as exportações tenham crescido a um ritmo mais elevado do que as importações, em valor, as compras ao estrangeiro superaram as vendas, o que resultou numa deterioração do défice comercial (medida da dívida exterior em termos de bens e serviços transaccionados).
A justificar o agravamento do défice comercial esteve sobretudo o saldo negativo com países da União Europeia, embora o saldo com países extracomunitários também se tenha deteriorado.
O INE destaca que, do lado das exportações, produtos alimentares e bebidas subiram 16,5 por cento e que os fornecimentos industriais cresceram 13 por cento.
Por outro lado, a venda de combustíveis e lubrificantes para os mercados externos registou uma redução de 16,8 por cento.
Ao mesmo tempo, as importações de combustíveis baixaram 2,9 por cento.
Os produtos alimentares e bebidas foram também aqueles que registaram o maior crescimento do lado das importações, segundo o INE.
A taxa de cobertura das importações pelas exportações, ou seja, o valor das importações que é coberto pelas exportações, melhorou 2,3 pontos percentuais para 62,5 por cento.