Os motivos invocados por João Grosso para se demitir de vogal do Teatro D. Maria II «não têm qualquer credibilidade e justificação», considerou hoje o Ministério da Cultura, que garantiu que a tutela nunca interferiu na programação do teatro.
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Em comunicado divulgado ao final da tarde, o Ministério da Cultura considerou que as condições apresentadas por João Grosso (na foto) na qualidade de vogal artístico da Comissão de Gestão do D. Maria II foram asseguradas e que a programação do teatro foi aprovada «sem qualquer interferência da tutela».
Por outro lado, acrescenta o comunicado, «algumas das medidas e regras propostas no projecto de estatutos apresentados no dia da sua demissão foram da iniciativa do vogal João Grosso».
«Durante anos, nunca (João Grosso) se mostrou preocupado com as insuficiências e irregularidades verificadas no Teatro D. Maria II», pelo que «não se encontra nem se reconhece qualquer justificação ou legitimidade ao vogal para dirigir uma carta à comunicação social» que «só no dia seguinte foi dada a conhecer à tutela».
João Grosso demitiu-se ontem das suas funções no D. Maria II, numa carta publicada pelo vespertino «A Capital» antes de chegar ao secretário de Estado da Cultura, José Amaral Lopes.
Na carta de demissão, o vogal afirmou que o seu afastamento é «completamente irreversível» e garantiu estar «totalmente indisponível» para continuar as suas funções.