Macário Correia considerou que a desagregação provocada pela liderança de Luís Filipe Menezes só podia acabar na demissão do líder dos sociais-democratas. Carlos Coelho pretende que o PSD arranje agora uma «liderança mobizadora».
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Macário Correia confessou que já esperava que Luís Filipe Menezes se demitisse da liderança do PSD e frisou que os seis meses do presidente da autarquia de Gaia à frente dos sociais-democratas foram uma perda de tempo.
«Só não sabíamos o dia e a hora, mas a leitura dos acontecimentos apontava nesse sentido. A desagregação, o desnorte e o descrédito só podiam ter este desfecho», acrescentou o autarca de Tavira, ouvido pela TSF.
O porta-voz da recandidatura derrotada de Marques Mendes à liderança do PSD considerou ainda que depois de «seis meses a andar para trás agora é preciso reagrupar energias, reagrupar esforços, traçar um destino, arranjar uma equipa e seguir em frente».
«O PSD tem quadros, propostas e gente capaz. É preciso que nos próximos dias se desenhe uma equipa, um programa e naturalmente uma vontade de trabalhar com uma outra dignidade, postura e brio em relação ao futuro», concluiu.
Entretanto, em Bruxelas, o líder dos sociais-democratas no parlamento Europeu desejou o aparecimento de uma «liderança mobilizadora» que «construa uma solução ganhadora para 2009».
Em declarações à agência Lusa, Carlos Coelho disse «compreender» a decisão de Luís Filipe Menezes em abandonar a liderança do PSD, uma vez que «estava a baixar nas sondagens, com acentuadas divergências internas e sem capacidade para falar para os portugueses e constituir-se como alternativa credível a Sócrates e ao PS».
«Cabe agora escolher, no maior esforço de unidade possível, uma liderança mobilizadora de todo o partido, que aposte na formação de quadros e que construa uma solução ganhadora para 2009 tornando a ser a esperança dos portugueses cansados da desgovernação socialista», acrescentou.