Uma equipa internacional de cientistas desenvolveu uma nova molécula inteiramente sintética contra a malária, doença que mata uma criança africana a cada 30 segundos. O custo do novo tratamento é muito inferior ao dos actuais medicamentos.
Corpo do artigo
A nova molécula, conhecida como OZ77, é feita a partir de uma planta chinesa chamada artemisina. A nova molécula é obtida por síntese biológica o que, traduzindo, significa que é feita a partir de uma bactéria, num processo completamente artificial, e por isso não necessita sequer da própria artemisina.
O processo permite reduzir muito os custos deste tratamento. «Torna a produção muito mais barata porque assim não é necessário cultivar esta bactéria, basta tê-la modificada», explica Jorge Atouguia, especialista nesta doença.
O professor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical considera o avanço importante, mas encara a novidade com cautela: «Até termos resultados concretos demora quatro ou cinco anos. Há sempre o risco, por exemplo, de resistência o que pode tornar a substancia menos eficaz».
A pesquisa vem publicada no último número da revista «Nature».