Foi detectada em Leiria uma doença rara e muito contagiosa que levou ao abate de 1600 porcos. Numa zona de dez quilómetros está proibido o transporte de animais. A associação local de suinicultores diz que não há perigo para os humanos.
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Em Leiria, uma doença rara e muito contagiosa, denominada Doença Vesiculosa dos Suínos, obrigou ao abate de pelo menos 1600 porcos.
O edital da Direcção Regional da Agricultura da Beira Litoral estabeleceu uma zona de protecção em redor da exploração onde a doença foi detectada, na localidade de Chãs.
Esta zona abrange um raio de três quilómetros no qual todas as suiniculturas vão ser identificadas.
Há ainda uma outra zona de vigilância com um raio de dez quilómetros, onde não se pode transportar animais, excepto se as explorações apresentarem provas da não contaminação dos porcos.
O alerta para a Doença Vesiculosa dos Suínos foi dado no dia 17, altura em que foram detectados vários casos. A confirmação só chegou segunda-feira de um laboratório inglês, para onde foram enviadas amostras de sangue.
Esta doença surgiu no país há sete anos no Alentejo e em Leiria mas não teve o impacto que está a ter actualmente.
A Doença Vesiculosa dos Suínos é semelhante à febre aftosa e caracteriza-se pelo aparecimento de feridas nas unhas, focinho e língua do animal e ainda tecido morto (de cor verde) junto às patas.
David Neves, presidente da Associação de Suinicultores de Leiria, sublinha que «não é uma doença transmissível aos humanos».
«Há um pouco por toda a Europa. Portugal não é excepção e foi detectado um foco na zona de Chãs. Trata-se de uma doença de declaração obrigatória e foram tomados todos os procedimentos impostos por lei», garantiu à TSF.