Gilberto Madaíl mostrou-se esta quarta-feira contrário à realização de eleições antecipadas na Liga de Clubes. Segundo o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, os «mandatos são para cumprir até ao fim».
Corpo do artigo
Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), defendeu hoje (quarta-feira) que a direcção da Liga de Clubes deve concluir o seu mandato, independentemente das críticas de que tem sido alvo, nomeadamente por parte do Sporting e FC Porto.
«As direcções são eleitas e têm que cumprir os mandatos até ao fim», afirmou Gilberto Madaíl, que ontem se reuniu com os presidentes do Sporting, FC Porto, Guimarães e Belenenses.
O encontro foi convocado pelo próprio presidente da Federação que convidou Valentim Loureiro, presidente da Liga, a comparecer, mas este não esteve presente «por motivos relacionados com a campanha para as eleições autárquicas».
Quanto às ausências do Benfica e Boavista, Madaíl diz que estas têm uma explicação lógica: «Na qualidade de presidente da FPF entendi que seria melhor perceber a situação convocando uma reunião entre o grupo de clubes protagonista da situação e Valentim Loureiro».
O presidente da FPF referiu que se tratou de uma reunião de «sensibilização», garantindo que se falou «muito pouco de arbitragem», estando mais em foco as «questões de eficácia ou não da direcção da Liga».
Madail disse ainda ter ficado mal informado sobre a situação que divide o referido grupo de clubes e Valentim Loureiro, mas entendeu que a reunião serviu ainda para «chamar a atenção para o clima de tensão, felizmente apenas verbal, que com tanta intensidade e frequência tem vindo a acontecer».
O presidente da FPF afirmou ainda ser possível encontrar uma «plataforma de boa vontade» para ultrapassar a situação. «Também não concordo com o sistema actual em muitas áreas e defendo várias alterações, não só em termos de arbitragem», concluiu.