O director nacional da PJ confirmação a detenção de 14 pessoas no decurso da operação da polícia contra a criminalidade na noite do Porto. Alípio Ribeiro garantiu ainda que foram feitas 58 buscas numa operação que qualificou como «complexa».
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O director nacional da Polícia Judiciária confirmou, este domingo, a detenção de 14 pessoas no âmbito da grande operação levada a cabo pela PJ do Porto de combate à criminalidade associada aos negócios da noite da cidade.
Alípio Ribeiro explicou que estes detidos, indiciados por associação criminosa, homicídio voluntário, tráfico de estupefacientes e receptação e detenção de armas proibidas, serão apresentados na segunda-feira ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.
Em conferência de imprensa, o responsável máximo da PJ disse que foram realizadas 58 buscas domiciliares e em estabelecimentos na sequência desta operação que descreveu como sendo «complexa».
Alípio Ribeiro confirmou que 202 funcionários da PJ estiveram envolvidas nesta operação, designada de "Noite Branca", que foi feita com o auxílio de 60 elementos do Corpo de Intervenção da PSP, a quem coube garantir os perímetros de segurança.
Este director da PJ assegurou também que esta operação «estava em preparação há algumas semanas», tendo contudo recusado-se a fornecer alguns detalhes desta operação, uma vez que está vinculado ao segredo de justiça.
Mesmo assim, Alípio Ribeiro negou que a operação tenha tido em vista casas de elementos da PSP suspeitos de estarem associados à segurança na noite do Porto, tal como se chegou a noticiar.
O director nacional das PJ adiantou ainda que, apesar de a primeira fase desta operação já estar terminada, poderão ainda ser feitas mais detenções e mais buscas relacionadas com os homicídios de três seguranças e um empresário, todas ocorridas nos últimos meses no Porto.
Alípio Ribeiro foi bem menos concreto quando questionado sobre se a magistrada Helena Fazenda, designada pelo Procurador-geral da República para supervisionar esta investigação, teve alguma participação nesta operação.
«Sei que há uma magistrada do Ministério Público que foi designada por este processo», disse o director nacional da PJ, que não adiantou mais nenhum pormenor sobre esta questão.
No decurso desta operação, foram apreendidos quatro automóveis, um motociclo, duas armas shot-gun, uma pistola de nove milímetros, um revólver e outras armas, bem como produto estupefaciente em quantidade não especificada pela polícia.