O director da CIA não desmente a existência de prisões secretas em diversos locais do mundo. Em entrevista ao canal de televisão ABC, Porter Goss justificou a necessidade da CIA poder dispor de prisões secretas, incluindo na Europa de Leste, devido à guerra que os EUA estão a travar contra o terrorismo.
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Em entrevista ao canal de televisão ABC, Porter Goss não respondeu a uma pergunta concreta sobre a existência de prisões e foi muito lacónico no que respeita às supostas práticas de tortura exercidas sobre prisioneiros.
Porter Goss não desmentiu a existência de prisões secretas em diversos locais do mundo, justificando a necessidade da CIA poder dispor de prisões secretas, incluindo na Europa de Leste, devido à guerra que os EUA estão a travar contra o terrorismo.
Trata-se de uma guerra que, segundo Goss, está a correr bem para o lado norte-americano e no qual - diz - alguns terroristas, inevitavelmente, são capturados e tratados de acordo com as regras do Direito Internacional.
Deste modo, Goss negou que a CIA utilize a tortura durante os interrogatórios, frisando que não precisa de a usar e considerando que não tem resultados produtivos.
Segundo aquele responsável, a CIA tem métodos próprios que utiliza durante os interrogatórios e com bons resultados, mas recusou-se a fazer mais comentários sobre informações que surgiram na imprensa, nas últimas semanas, sobre os métodos usados pela CIA que podem ser considerados tortura.
Questionado sobre as técnicas, como sujeitar os prisioneiros a longos períodos em pé e ao frio, a privação do sono e a técnica da sufocação, Goss respondeu sobre esta última que não sabe se pode ser considerada uma forma de tortura.
Porter também não entrou em pormenores sobre as definições precisas dos métodos utilizados pelos serviços secretos, porque, sublinhou, seria a forma de todos ficarem a saber como actua a CIA.