A Distrital de Lisboa do PSD repudiou, esta segunda-feira, os incentivos que dirigentes do PS têm feito à contestação à introdução de portagens na CREL a partir de 1 de Janeiro.
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O PSD classifica as posições do PS como «chocantes, revoltantes e indignas». «O partido Socialista é cada vez mais um partido de protesto e cada vez menos uma alternativa séria e responsável», disse em conferência de imprensa o líder da Distrital de Lisboa do PSD, António Preto.
Para os social-democratas a solução para resolver o congestionamento do IC19 passa não só pelo alargamento desta via, como também pela construção do IC16 e do IC30, conclusão da CRIL e do Eixo Norte-Sul.
De acordo com António Preto, apenas com as medidas que o Governo tem em curso será possível resolver os congestionamentos permanentes nos acessos à Linha de Sintra.
A decisão de reposição de portagens na CREL foi tomada a 11 deste mês em Conselho de Ministros, a que se seguiu uma onda de contestação por todos os presidentes dos municípios que são atravessados por aquela via (Oeiras, Sintra, Vila Franca de Xira, Odivelas e Loures), partidos políticos da oposição, Junta Metropolitana de Lisboa, comissões de utentes e empresários.
Apenas os presidentes das câmaras de Lisboa e Oeiras se mostraram favoráveis.
Com a concessão dos 34,5 quilómetros de extensão da CREL, entre Alverca e o Nó do Estádio Nacional, o Estado prevê uma receita extraordinária de 288,4 milhões de euros, que serão pagos pela Brisa.
Os utilizadores da CREL vão passar a pagar 2,5 euros de portagem para percorrer a totalidade daquele eixo viário.
Utentes indignados
A decisão de repor as portagens a partir de dia 1 de Janeiro está a levantar protestos junto dos utilizadores da CREL.
A comissão de utentes entregou, esta segunda-feira de manhã, no ministério das Obras Públicas um caderno reivindicativo para melhorar os acessos à grande Lisboa.
Carlos Braga, um dos elementos da comissão apresentou o alargamento do IC19 e a conclusão das obras da CRIL e do Eixo norte-sul e ainda o alargamento da linha metropolitana em Odivelas, Loures e Sacavém como as principais obras que os utentes gostariam de ver concluídas.