As dívidas dos hospitais públicos às farmácias aumentaram 34 por cento desde a entrada em funções do actual Governo socialista, revela um relatório a que a agência Lusa teve acesso. Nos hospitais com gestão empresarial, a dívida mais do que duplicou desde Março de 2005.
Corpo do artigo
As dívidas dos hospitais públicos à indústria farmacêuticas aumentaram 34 por cento desde Março de 2005, revala um relatóirio a que a agência Lusa teve acesso.
Segundo este documento, o pior pagador é o Centro Hospitalar Lisboa Central, que inclui o Hospital de São José, Santa Marta e Estefânia, que tem uma dívida de 74,7 milhões de euros.
Já o Hospital de Santa maria deve quase 60 milhões de euros, enquanto que o Centro Hospitalar de Setúbal deve uma quantia a rondar os 57 milhões de euros.
Ainda de acordo com este relatório, o Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, com uma dívida de 870 mil euros, é aquele menos deve às farmácias.
No total os hospitais devem mais de 800 milhões de euros, uma dívida que terá aumentado entre Outubro de 2006 e Setembro de 2007 cerca de 14 por cento, um número que surge de uma análise à situação em 50 unidades hospitalares.
No que se refere aos hospitais que foram transformados em Entidades Públicas Empresariais, o aumento da dívida desde a entrada do actual Governo foi de 132 por cento.
Este realtório adianta ainda que há um hospital que demora três anos a pagar as suas dívidas, uma situação que demora a resolver cerca de um ano na maior parte das entidades hospitalares.
Contactada pela TSF, a APIFARMA adiantou que este número até nem é muito preocupante, já que nos tempos do governo de Durão Barroso a dívida total dos hospitais públicos às farmácias chegou a superar os mil milhões de euros.