Um estudo recente revela que os familiares dos doentes de Parkinson correm maior risco de sofrer desta doença, em idade mais avançada. Esta potencialidade transmite-se geneticamente mas pode «saltar» gerações.
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Na Islândia, um grupo de cientistas desenvolveu um estudo sobre 772 islandeses que desenvolveram a doença de Parkinson depois dos 50 anos de idade, que foi publicado pelo New England Journal of Medicine.
A equipa chefiada por Sigurlaug Sveinbjornsdottir, do Hospital Universitário Nacional, descobriu que o risco da doença era 6,7 vezes maior quando uma pessoa tinha um irmão com a doença, 3,2 vezes maior quando o pai ou a mãe tinha Parkinson e 2,7 vezes maior se tinha sobrinhos doentes.
A comunidade científica já sabia que a forma da doença que ataca mais cedo tem origem numa mutação genética, que torna a pessoa mais proponsa à doença.
Este estudo acaba assim de descobrir um novo meio de propensão, relacionado com factores genéticos.
Os cientistas afirmaram que os efeitos da mutação genética parecem ser subtis, razão pela qual a doença de Parkinson muitas vezes pode «saltar» gerações.
Emboram ponham de parte a ideia de que os factores ambientais estejam ligados à doença, os cientistas não descartam a hipótese de que possam ser relevantes quando os familiares são submetidos a esses factores, no início da vida.